Sexo e autoestima: Aprenda a Gostar do Seu Corpo
Publicado dia 19 de February de 2019, às 00:00:00
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No final do século XX e início do século XXI a superexposição de modelos corporais nos meios de comunicação contribuiu para divulgação de uma ótica corpórea estereotipada e determinada pelas relações de mercado. A mídia contemporânea vincula somente corpos que se encaixam em um padrão estético ?aceitável?, mediado pelos interesses da indústria de consumo, e não condizente com a realidade da mulher brasileira em relação a sua satisfação sexual.
O modelo de mulher atual deve ser aquela dona si, do seu corpo, da sua sexualidade, sem os antigos estereótipos da musa, da sedutora. De acordo com Foucault o corpo da mulher passou por vários processos ao longo da história, mas sempre foi saturado de sexualidade, e assim deve continuar.
No artigo anterior falamos sobre a necessidade de realizar preliminares de qualidade para levar seu amor a loucura. Hoje falaremos da importância de gostar do corpo como ele é, sem neuras e preocupações desnecessárias para ser feliz sexualmente.
Saúde sexual e autoestima
Saúde Sexual, segundo a Organização Mundial da Saúde (2002), é integração de um bem estar físico, emocional, intelectual e social em relação à sexualidade, e não pode ser simplesmente relacionada à ausência de doenças e disfunções, além de ser a habilidade de mulheres e homens para desfrutar e expressar sua sexualidade, sem risco, coerção, violência e discriminação. A satisfação sexual está diretamente relacionada a aceitação corporal, sem vergonha e pudores.
A importância da saúde sexual para a qualidade de vida está sendo reconhecida nos últimos anos. Deste modo, problemas na vida sexual pode causar efeitos danosos sobre a autoestima e seus relacionamentos. Diante deste pensamento, estudiosos observam associação significativa entre disfunção sexual e sentimentos de insatisfação física e emocional.
Muitas pessoas associam erroneamente problemas sexuais com a estética corporal, assim iniciam um processo de baixa autoestima, afastamento físico entre o casal e bloqueio sexual individual. Esta atitude poderá prejudicar a vida sexual do casal.
No sexo o importante é envolvimento emocional e físico
A saúde física interfere na vida sexual, seja na disposição física para a prática, assim como na saúde muscular e hormonal para obter prazer e não desenvolver disfunções locais.
Para ter uma sexualidade saudável é importante o envolvimento emocional e físico, e não ter um corpo ?sarado?. A estética não é sinônimo de satisfação sexual, e sim autoestima, cumplicidade e desejo.
Homens e mulheres bloqueiam-se sexualmente por vergonha de alguma parte do corpo. Esta atitude irá interferir negativamente na sua atuação sexual, com efeitos danosos para sua sexualidade. No momento da atividade sexual as pessoas querem o toque, estímulos prazerosos, olhares e cumplicidade, onde ?defeitos estéticos? não são o foco.
A sexualidade saudável está diretamente relacionada a autoestima, a aceitação do próprio corpo e de como usar a criatividade durante as preliminares. Ser ?bom? de cama não significa ter um corpo belo, e sim estimular adequadamente o outro e a si próprio durante o ato sexual, sem focar a penetração.
No próximo artigo iremos abordar sobre as zonas erógenas e sua importância para a obtenção do prazer sexual.